Quem acompanhou o noticiário nos últimos dias percebeu que surgiu um novo nome na disputa à reitoria da Federal: o do Prof. Dr. Rogério Koff. Concomitantemente, vieram diversas manifestações nas redes sociais com uma falsa narrativa de assassinato de reputações. A todo custo, através de adversários ou não, tenta-se impor uma imagem de radical político ao professor de Jornalismo.
Como estudante do curso, em três anos e meio de academia e três cadeiras cursadas com o docente, jamais presenciei qualquer declaração ou ato de proselitismo político em sala de aula. Koff sempre foi aberto ao diálogo, democrático e isento em sua conduta acadêmica. Evidentemente que tem suas opiniões e preferências, expressadas no âmbito de sua vida pessoal.
Mostrar contrariedade a um comício do lulopetismo dentro da UFSM, por exemplo, não foi um ato partidarizado, antes que alguém pense neste e em outros episódios parecidos. Foi justamente não querer o uso da instituição para estes fins, o que outros docentes também fizeram. O radical político-partidário não existe, é um personagem inventado, principalmente num momento (in)oportuno de eleições.
E aí chegamos nas eleições. Koff, até o momento, é o único candidato a reitor, com seu vice, Prof. Dr. Genesio. Mas já há outros três candidatos, correto? Errado. A menos que você consiga apontar quem é candidato a reitor(a) e a vice-reitor(a). As regras que elegeram e reelegeram o atual mandatário, Paulo Burmann, foram modificadas no pleito deste ano.
Os três nomes apresentados são tentativa de lista tríplice antecipada, que apenas recebem votos, não se sabe para que cargo. As modificações (voto trinominal e paridade na pesquisa de opinião) foram decididas em um curtíssimo espaço de tempo até a abertura das inscrições. Assim que a Justiça revogou parcialmente as mudanças, a chapa de oposição voltou ao pleito, com candidato a reitor e vice bem definidos. Isso porque se participasse antes, estaria dando legitimidade ao processo. Porém, não foi aberta uma nova pesquisa, e por isso há uma tentativa sem fundamento de deslegitimação da oposição. Cabe agora aos membros dos conselhos superiores votarem para a formação da lista tríplice, que será enviada ao Ministério da Educação para nomeação do próximo reitor. A pergunta que fica é: votando na "chapa" de três nomes, os conselheiros saberão quem estão escolhendo reitor e vice-reitor para a lista tríplice? A resposta é de conhecimento público. Não saberão, uma vez que nenhum assume a condição de candidato a reitor e vice no trio.
Texto: Wederlei Fialho Pires
Estudante de Jornalismo da UFSM